Educação em Portugal, como funciona? Quando pensamos em nos mudar para Portugal, principalmente quando temos filhos em idade escolar, é conhecer mais sobre o sistema público de ensino, não é mesmo?
Por se tratar de um tema tão importante para as famílias, decidimos dedicar esse estudo para todos que pretendem ou desejam se mudar para Portugal, e que precisam saber sobre as escolas e como conseguir uma vaga para seus filhos.
E também serve para os que estão em idade de fazer uma faculdade, e diga-se de passagem, como cidadãos portugueses, o valor é muito menor que uma faculdade no Brasil. Não sabe como funciona entrar com o ENEM numa faculdade em Portugal? Leia o nosso artigo a respeito, é bem esclarecedor. Para começar é bom que você saiba que, diferente do Brasil que é de 0 à 10 as notas, ou ainda letras D, C, B e A, em Portugal as notas das provas (exames ou provas de aferição) são de ZERO À VINTE, isso mesmo, de 0 à 20.
Como escolher a melhor escola?
Para as famílias que pretendem escolher um local para morar em Portugal, logo abaixo poderá verificar o ranking das escolas públicas e privadas, o que permitirá ter uma noção do nível de conhecimento da cada região e assim escolher com mais assertividade. Costumamos orientar nossos clientes a residirem próximo da escola de seus filhos, eles poderão ir à pé, sem perigo, para escola, o que no Brasil hoje não acontece, pois é sempre uma grande preocupação dos pais, e morando perto da escola sua família terá mais qualidade de vida, sem a correria do trânsito do dia a dia.
Como funciona o Sistema Educacional em Portugal?
Bom, em geral, o período ou ano letivo em Portugal, é como nos Estados Unidos, começa em Setembro e vai até Junho/Julho do ano seguinte. A educação em Portugal começa, obrigatoriamente, aos 6 anos de idade, e termina a fase obrigatória no 12º ano de escolaridade.
O ensino obrigatório divide-se em três ciclos:
Primário – Básico e Secundário.
Ensino básico e secundário
O ano escolar é dividido em 3 períodos:
- 1.º Período – de setembro a dezembro;
- 2.º Período – de janeiro até antes da Páscoa;
- 3.º Período – do fim da Páscoa até o final de junho.
A meio do 2.º Período, existem as férias de Carnaval (3 dias em média).
Como funciona os 3 ciclos em Portugal?
- 1º ciclo (1º ao 4º anos de escolaridade);
- 2º ciclo (5º e 6º anos de escolaridade);
- 3º ciclo (7º ao 9º anos de escolaridade).
Quais as melhores escolas de Portugal?
Pesquise aqui o rankings das escolas do ensino básico e secundário nos exames nacionais. Quando estamos prestes a escolher o local onde vamos viver com nossa família, é fundamental sabermos o nível escolar da região, portanto, antes de escolher onde viver, conheça quais são as melhores escolas públicas e privadas de Portugal para colocar seus filhos. Clique aqui ou na imagem abaixo:
RANKING DAS ESCOLAS DE PORTUGAL
Ensino Superior
Como é evidente, faculdade não é obrigatória, e divide-se em dois semestres. O ano lectivo começa em Setembro até Junho/Julho também. Cada faculdade estabelece seu calendário escolar, bem como os exames do curso.
Ensino Superior: o nível mais elevado dos estudos.
O ensino superior é dividido em três ciclos de estudos – Licenciatura, Mestrado e Doutorado.
Em 2006, as universidades de Portugal aderiram ao Tratado de Bolonha (Declaração de Bologna), que nada mais é que um acordo entre os países da Europa para organizar, para estabelecer regras do ensino superior entre a comunidade europeia (META: criar um espaço europeu de ensino superior).
Por exemplo, a licenciatura que era de quatro ou cinco anos passou a três, agora têm duração de três anos (seis semestres), e depois se desejar pode cursar os mestrados, que tornaram-se mais profissionalizantes, que duram entre um ano e meio a dois anos, e depois o doutoramento tem duração de 3 a 4 anos.
As novas licenciaturas acabam por equivalerem aos antigos bacharelatos (que eram de três anos), e para resolver essa questão, os cursos apresentam os mestrados integrados, para perfazerem os cinco anos, previsto pelo Processo de Bolonha. O sistema de avaliações de equivalências entre notas de diferentes países continua a ser alvo de muitas confusões, longe ainda dos objetivos da declaração, mas ainda continua a avançar e qualquer aluno europeu tem muito mais chance de se deslocar, a nível académico e profissional, para os países que fazem parte.
O que é Mestrado Integrado?
O Mestrado Integrado é um ciclo de estudos integrado que congrega os níveis de 1.º e 2.º ciclos. Aplica-se a cursos que qualificam os estudantes para a prática de profissões específicas, tais como as de engenheiro, médico, dentista, farmacêutico e psicólogo. A duração do curso é de dez a 12 semestres e confere entre 300-360 créditos ECTS. A duração e o número de créditos são definidos de acordo com: normas legais da União Europeia e; b) uma prática estável e consolidada na União Europeia. O grau atribuído no final do ciclo integrado é o de mestre.
Trabalho e Estudo – é possível conciliar?
Os cursos de pós-graduação são part time, portanto, permite que o estudante também trabalhe, mas os mestrados e doutorados são muitas vezes período integral, complicando para quem tem horários fixos de trabalho, a não ser que exerça trabalho online, hoje em dia muito utilizado pelos jovens, o conhecido home office, como freelancer por exemplo. Uma saída estratégica para que busca estudar e ainda ganhar dinheiro.
Para quem é Cidadão da União Europeia o valor da mensalidade é muito menor em relação ao valor pago pelo aluno estrangeiro, no caso do Brasileiro por exemplo, poderá ingressar com base nas notas do ENEM, mas pagará um preço muito mais alto, mas depois de se tornar cidadão europeu, poderá pagar o preço europeu. Para saber mais clique aqui.
Para buscar sua dupla cidadania, basta clicar no banner abaixo:
RANKING DAS 10 MELHORES FACULDADES DE PORTUGAL:
RANKING DAS 10 MELHORES FACULDADES DA EUROPA:
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University of Cambridge(Inglaterra)
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University of Oxford(Inglaterra)
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Imperial College London(Inglaterra)
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University College London(Inglaterra)
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École Polytechnique(França)
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University of Edinburgh(Inglaterra)
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École Normale Supérieure Paris(França)
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University of Gottingen(Alemanha)
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Karolinska Institute(Suécia)
UNIVERSIDADE DO PORTO – TOP 1
Foto: Egydio Santos – UP
Objetivos do Tratado de Bologna
Para que as instituições de ensino superior busquem a reorganização dos graus e diplomas e na implementação dos instrumentos que facilitem a mobilidade e a empregabilidade, tais como o sistema de créditos ECTS (European Credit Transfer and Accumulation System) ou a escala europeia de comparabilidade de classificações.
- Promover entre os cidadãos europeus a empregabilidade e a competitividade internacional do sistema europeu do Ensino Superior.
- Estabelecer um sistema de créditos transferíveis e acumuláveis (ECTS – “Os pontos de créditos ECTS são um meio padrão para comparar o “volume de aprendizagem baseado nos resultados de aprendizagem definidos e a sua carga de trabalho associada” para a educação superior em toda a União Europeia e outros países europeus colaborantes), comum aos países europeus, para promover a mobilidade mais alargada dos estudantes. Os créditos podem também ser adquiridos em contextos de ensino não superior, incluindo a aprendizagem ao longo da vida, desde que sejam reconhecidos pelos estabelecimentos de ensino superior de acolhimento;
- Adotar um sistema baseado em três ciclos de estudos:
- 1.º ciclo, com uma duração de seis a oito semestres (180 a 240 ECTS) – conhecimentos de base nas áreas científicas do curso e competências instrumentais e sistémicas importantes para a sua empregabilidade imediata ou para o prosseguimento de estudos de nível superior, nomeadamente de mestrado (2.º ciclo);
- 2.º ciclo, com a duração de um ano e meio a dois (90 a 120 ECTS), podendo, excecionalmente, ter a duração de dois semestres (60 ECTS) – Requer, além da frequência, a elaboração e defesa pública de uma tese original, ou a realização de um estágio ou de um projecto e a elaboração e defesa dos respectivos relatórios, no caso dos mestrados profissionalizantes ou que são orientados para o mercado de trabalho. Em ambos os casos, os estudantes são acompanhados por um orientador doutorado;
- 3.º ciclo – implica a elaboração e a defesa pública de uma tese. A tese deverá ser o resultado de um trabalho de investigação científica original, acompanhado por um orientador doutorado, e representar uma contribuição considerável para o conhecimento.
- Implementar o suplemento ao diploma (consiste em oito partes: nome do titular, informações sobre o diploma, o nível de qualificação, conteúdo e os resultados obtidos, função da qualificação, complementares, Certificação do suplemento).
- Promover a mobilidade dos estudantes (no acesso às oportunidades de estudo e formação, bem como a serviços correlatos), professores, investigadores e pessoal administrativo (no reconhecimento e na valorização dos períodos passados num contexto europeu de investigação, de ensino e de formação, sem prejuízo dos seus direitos estatutários);
- Promover a cooperação europeia na avaliação da qualidade, com vista a desenvolver critérios e metodologias comparáveis;
- Promover as dimensões europeias do ensino superior, em particular:
- Desenvolvimento curricular;
- Cooperação interinstitucional;
- Mobilidade de estudantes, docentes e investigadores;
- Programas integrados de estudo, de formação e de investigação.
Para além dos 29 signatários iniciais, aderiram à Declaração de Bolonha até à reunião de ministros de Lovaina (2009) mais 18 países:
Albânia, Alemanha, Andorra, Arménia, Azerbaijão, Áustria, Bélgica, Bielorrússia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Cazaquistão, Chipre, Croácia ,Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Geórgia, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Liechtenstein, Luxemburgo, Macedônia do Norte, Malta, Moldávia, Montenegro, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Roménia, Rússia, Santa Sé, Sérvia, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido, República Checa e Ucrânia.
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