Origem do Sobrenome LOPES na História de Portugal

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O que o apelido (sobrenome) > LOPES significa? 

Dos LOPO da Idade Média Peninsular!

Este foi um nome muito popular na Grécia, Itália, Espanha e Portugal, e se espalhou pela Europa devido às proximidades. Com origem do latim lupus, Lopo em Portugal, surge Lope, que significa lobo. Assim, a referência ao animal denota às pessoas que recebem esse nome os seus atributos de coragem e destreza.

Muito comum na idade média peninsular. Na Espanha é Lopez. Lopes: Significa “corajoso”, “vitorioso”, “filho do lobo”. Com raízes nos milhares de filhos de Lopo temos, assim em Portugal cerca de 290 mil cidadãos que usam tal sobrenome.

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Conheça um pouco da história de Portugal através de seus sobrenomes ou apelidos.

ORIGENS E PERSONAGENS

Quem foram os “LOPES que fizeram história em Portugal?

Um exemplo antigo dessa forma de identificação patronímica é, nomeadamente, Mécia Lopes de Haro, filha de Lope Dias Haro, o Cabeça Brava (senhor da Biscaia e um dos homens mais poderosos da Península Ibérica do século XIII), que foi Rainha de Portugal, através do casamento com D. Sancho II.

Antigo brasão da casa de Haro, titulares do Senhorio de Biscaia entre os séculos XI e XIV.

Brasao lopes

“Lope Díaz II de Haro “Cabeça Brava” (c. 1170 – 15 de novembro de 1236), filho de Diego Lopes II de Haro 5º senhor da Biscaia e de Maria Manrique de Lara de Manrique Perez de Lara, 1.º senhor de Molina e visconde de Narbona, e de Ermesenda de Narbona, senhora deNarbona, foi o 6.º senhor da Biscaia entre 1214 e 1236.

Combateu com o seu pai na Batalha de Navas de Tolosa em 1212 debaixo do comando do rei Afonso VIII de Castela. Esteve à frente dos destinos da Biscaia numa altura conturbada. A sua subida ao poder aconteceu com a morte de seu pai em 16 de outubro de 1214, por cuencidência poucos dias depois da morte do rei Afonso VIII de Castela, que deixou como herdeiro do trono o seu filho de apenas 10 anos, Henrique I de Castela (1204 – 1217).”

 

E, no século seguinte, Diogo Lopes Pacheco, um dos executores de Inês de Castro, que era filho de Lopo Fernandes Pacheco, senhor de Ferreira de Aves, um dos mais influentes membros da nobreza próxima de D. Afonso IV, de quem foi embaixador ao Papa em 1330 e 1340. Diogo Lopes Pacheco (1304-1385), que herdou do pai a sua Casa senhorial e a influência junto do Rei, de quem foi também conselheiro (e Chanceler da Rainha) quando Pedro I subiu ao trono refugiou-se primeiro nas suas terras e depois em Castela (tal como Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves, os magistrados reais que decretaram a sentença) e daí Aragão e posteriormente em França, junto de Henrique de Trastâmara.

Escapou por isso à tortura e às mortes sofridas por Coelho e Álvaro Gonçalves, acabando, mesmo, anos depois, por ser perdoado pelo Cruel e ter de volta os seus bens que haviam sido confiscados.

Diogo Lopes de Pacheco serviu Henrique de Trantâmara quando este foi Rei de Castela e Leão como Henrique II, sendo exclusivamente seu enviado em 1371 para negociar a paz com D. Fernando. Voltou em definitivo a Portugal em 1384 após a proclamação de D. João I.

D. Fernando, apelidado de “Formoso”, “o Belo” e “o Inconstante”, foi o Rei de Portugal e Algarve de 1367 até sua morte (assassinado em 22 de outubro de 1383), o último monarca português da Casa de Borgonha. Era filho homem mais velho do Rei D. Pedro I e sua esposa Constança Manuel. Sua morte sem herdeiros homens levou à crise de 1383-1385.

O primeiro historiador – Fernão Lopes

Por essa altura terá, entretanto, nascido um dos maiores nomes da literatura portuguesa, cronista e precursor da historiografia nacional, autor de uma obra que perdura até os nossos dias. Não se sabe se Fernão Lopes seria filho de um Lopo.

Sabe-se apenas que nasceu numa família lisboeta eventualmente de pequena burguesia, que viveu em Alfama e terá frequentado o Estudo Geral (Universidade Coimbra – Faculdades de Teologia, Cânones (literatura), Leis e Medicina). Dedicado ao estudo e aos livros, foi nomeado em 1418 guarda do arquivo da Torre do Tombo, em Lisboa. Como secretário serviu o Rei D, João I de 1419 até a sua morte em 1433, mantendo as funções com o seu sucessor, D. Duarte.

Em 1422 foi nomeado escrivão da puridade do infante D. Fernando, no qual, no seu testamento, lhe deixou 50 mil réis. Pelo seu trabalho de cronista, D. Duarte conferiu-lhe em 1434 o ordenado de 14 mil réis, foi, portanto, a partir dessa data que verdadeiramente passou a viver do trabalho de reduzir a escrito as memórias dos anteriores reinados, embora se admita que o seu trabalho historiográfico se tenha iniciado muito antes.

O ordenado atribuído por D. Duarte ao cronista do Reino perdurou e, com D. Afonso V, foi aumentado para 20 mil réis. Em 1451, aos 71 anos, deixou o seu posto na Torre do Tombo, sendo substituído por Gomes Eanes de Zurara.

Na década anterior perdera o seu filho Martim – médico do infante D. Fernando – falecido durante o cativeiro em Marrocos. Tudo leva a crer que escreveu a História de Portugal desde a fundação do Reino, três séculos antes, e as crônicas de todos os seus reis até D. João I (inclusive).

Chegaram até nós, no entanto, apenas as relativas a D. Pedro I, D. Fernando e de D. João I (primeira e segunda partes), publicadas muito depois de sua morte, que terá ocorrido cerca de 1460. O reconhecimento generalizado da sua obra, nomeadamente quanto ao escrúpulo de investigação do historiador e grandeza literária do escritor, datam do século XIX.

Seu contemporâneo foi, por outro lado, Fernão Lopes de Azevedo, emissário pelo Infante D. Henrique ao Papa Eugênio IV (1431-1447) para solicitar graças espirituais para todos os que se dedicavam ao descobrimento e conquista de terras aos infiéis e a concessão dos territórios descobertos à Coroa portuguesa. Tais pretensões foram concretizadas por Roma numa bula resumida por Gomes Eanes de Zurara na Crônica do Descobrimento e Conquista da Guiné.

Também Tomé Lopes, natural do Porto, escrivão da Câmara de D. Manuel I, foi para a Índia em 1502 e durante mais de dois anos viajou pelo Oriente. Dessa experiência resultou o livro Relação da Viagem à Índia. Foi mais tarde encarregue por D. Manuel de organizar a Torre do Tombo, do que foi nomeado guarda-mor.

Governadores e Militares

Também na passagem para século XVI, Diogo Lopes de Sequeira (1466-1530), natural do Alandroal (filho de Lopo Vaz de Sequeira), próximo de D. Manuel I, almoxarife da Alfândega de Lisboa, foi o quarto governador da Índia (1518-1522).

Antes porém (1508), a mando do Monarca, fez o reconhecimento da Costa de Madagascar e chegou depois à Índia. Daí seguiu para Samatra e Pacém (Malásia) onde ergueu padrões com as armas portuguesas e chegou a Malaca em 1509.

De regresso em Lisboa comandou, depois, a armada de 30 velas que foi socorrer Arzila em 1516 e a que, no ano seguinte, foi a Ceuta com 60 navios, com vista a desencadear uma operação militar que não chegou a acontecer. Na Índia a partir de 1518, enquanto governador, prosseguiu à política de afirmação militar portuguesa, com várias expedições (uma das quais no Mar Vermelho) e o estabelecimento de fortalezas.

No mesmo período, um seu parente (eventualmente irmão) chamado João Lopes de Sequeira comandava em 1502 a feitosa de Meça do extremo sul de Marrocos e edificou, à custa (mas de acordo com Lisboa), em 1505, um pouco a norte, a fortaleza de Santa Cruz do Cabo de Guer, por forma de ocupar um território que Castela infiltrara.Defendeu aí a posição portuguesa em 1506 e 1511 contra os ataques berberes. Em 1512 venceu a fortaleza à Coroa e regressou à Portugal.

Mais tarde, um outro Diogo Lopes de Sequeira, era capitão de Galés da Costa Algarvia e comandou, por nomeação de D. Sebastião, o terço de Lisboa capitão-mor na batalha de Alcácer Quibir, em 1578.

Um inspirador de Camões

Na área da administração ultramarina, João Lopes de Mequa foi feitor das praças marroquinas de Mogador, Azamor e Safim, entre 1507 e 1518. Durante a sua permanência em Azamor Portugal obteve o direito (por tratado de 1510) de construir e manter fortalezas naquela zona da África.

Já no que se refere à historiografia dos feitos portugueses no Oriente, destaque para Fernão Lopes de Castanheda, provavelmente natural de Santarém, um inspirador das narrativas poéticas de Camões. Ainda jovem, fez-se dominicano (Ordem dos Pregadores, Ordem de São Domingos, ordem católica que tem como objetivo a pregação da palavra e mensagem de Jesus Cristo), mas por pouco tempo.

Na companhia de seu pai, rumou depois ao Oriente, em 1528, na armada comandada por Nuno da Cunha. Na Índia, Castanheda ocupou o tempo vago a escrever histórias sobre os portugueses que rumavam àquelas paragens. Para tal, ouviu capitães a marinheiros e compilou material depositado em cartórios e arquivos. Diogo do Couto afirma de Fernão Lopes de Castanheda ficou pelo Oriente cerca de dez anos, até 1538.

Nessa data terminou o oitavo volume da sua obra histórica, publicado já postumamente. O seu primeiro livro foi editado em Coimbra em 1551, intitulado História do Descobrimento e Conquista da Índia pelos Portugueses. Nos anos seguintes foram impressos os quatro volumes seguintes da obra.

Embora tenha afirmado que a sua História era composta por dez volumes, a verdade é que não chegaram aos dias de hoje quaisquer exemplares ou registros dos dois tomos finais. A sua obra obteve grande sucesso e repercussão, tendo sido traduzida para o francês, castelhano, inglês e italiano.

Em termos profissionais, Fernão matriculou-se na Universidade de Coimbra quando regressou da Índia e aceitou o emprego de bedel do Colégio das Artes. Em 1545 foi nomeado guarda do cartório e livraria da Universidade. Faleceu nessa cidade em 1559.

No Oriente também, Catarina Lopes, foi uma das Donas ou Matronas de Diu que se distinguiram militarmente no segundo cerco da cidade em 1546. Era mulher de militar Antonio Gil e, perante a escassez e o desgaste de homens para lutar, fez parte de um improvisado batalhão feminino que operou na retaguarda dos combatentes, municiando-os, carregando pedras e cal e reconstruindo o que o inimigo ia destruindo. A par disso alimentavam os militares, tratavam feridos e chegaram a combater de armas na mão.

Pintores e Médicos

Pintor régio de D. Manuel e de D. João III, Gregório Lopes, genro do também pintor régio Jorge Afonso, com quem terá trabalhado entre 1513 e 1515, é um dos principais nomes da primeira geração maneirista portuguesa e o pintor mais representativo da atividade das oficinas de Lisboa na primeira metade do século XVI.

Autor desconhecido, eventualmente o Príncipe D. João, filho de D. Sebastião. Pintor régio Gregório Lopes

Pintou painéis para o cardeal D. Henrique, bispo de Lamego, para o Mosteiro de Ferreirim (com Cristóvão de Figueiredo e Garcia Fernandes) e para o Convento de Cristo (Tomar).

Está representado no Museu Nacional de Arte Antiga com Martírio de S. Sebastião, A Virgem Com o Menino e os Anjos, retábulos do Paraíso e de Santos-o-Novo; no se Setúbal com Vida da Virgem e no Convento de Cristo com Santo António.

O Martírio de São Sebastião

O seu filho Cristóvão Lopes (1516-1594), também pintor régio na sucessão ao seu pai, a partir de 1551, foi discípulo do progenitor admitindo-se que tenha pintado algumas das obras atribuídas ao seu mestre.

O seu estilo sugere que tenha trabalhado também com o holandês Anthonis Mor (ou António Moro) que foi contratado por D. João III para fazer os retratos da família real.

São-lhes atribuídas telas como a do Jovem Cavaleiro Desconhecido (Museu de Arte Antiga) – provavelmente o príncipe D. João, filho de D. João III e pai de S. Sebastião – e as da rainha D. Catarina e de D. João III (Igreja da Madre de Deus).

A Rainha D. Catarina, mulher de D. João III, num retrato do pintor Cristóvão Lopes.

Na área da Medicina, entretanto, Diogo Lopes e António Lopes foram clínicos de D. João III. Diogo Lopes foi ainda moço de câmara do monarca e professor em Coimbra, a partir de 1552.

Um outro médico, também filósofo e também chamado Diogo Lopes formado na universidade de Salamanca, terá ensinado em Coimbra, onde publicou Tratactus de Elementis et Rerum Omnium Mixtione.

Nessa altura ainda, Garcia Lopes, médico e erudito judeu, natural de Portalegre, diplomado por Salamanca, exerceu em Castela, Portugal e nas Flandres. Escreveu, entre outras obras médicas, De Varia Rei Medicae Lectione, publicada em Antuérpia em 1564.

Francisco Lopes, por sua vez, foi médico da Rainha D. Catarina, mulher de D. João III, e poeta. Escreveu, nomeadamente, Versos em Loor de la Virgem Sin Mancilla Madre de Dios, impresso em português e em italiano em 1573 e 1575.

Ainda nesse setor de atividade, o cirurgião Duarte Lopes, por sua vez, por o primeiro professor de Anatomia da Cadeira criada em 1556 no Hospital de Todos os Santos.

Relato Africano e os editores-livreiros

Em finais de quinhentos, de sublinhar o nome do explorador Duarte Lopes, natural de Benavente. Foi para Luanda em 1578 com um tio e, durante anos, percorreu aqueles territórios, vindo a conseguir confiança do Rei do Congo, D. Álvaro. Em nome deste, como seu embaixador, voltou à Europa em 1583 para representar junto de Filipe I de Portugal e do Papa Sisto V.

Em Roma, a partir de 1589, Duarte Lopes relatou a Filipe Pigaffeta as suas experiências na África central. Desse relato resultou o livro Relatione del Reame di Congo e delle Circonvicine Contrade editado em 1591, que incluiu cartas da região forncecidas pelo explorador e que logo teve várias traduções. Trata-se de uma fonte de informação preciosa sobre aqueles territórios do século XVI.

Também nessa altura viveu Sebastião Lopes, um cartógrafo examinador, com atividade conhecida entre os anos de 1558 e 1596.

Um outro Sebastião Lopes foi dos poucos missionários jesuítas recrutados por Inácio de Azevedo para evangelizar o Brasil que sobreviveram ao ataque do corsário francês Jacques Soria, em pleno oceano, ao largo de Las Palmas, em 1570. Simão Lopes, também padre jesuíta desse grupo, foi lançado ao mar como seus companheiros e morreu. Considerado mártir da Fé, foi beatificado em 1854.

Também jesuíta e missionário, mas na Abissínia, durante cerca de 40 anos, foi Francisco Lopes, que para ali partiu em 1557 com o bispo D. André de Oviedo.

Numa área completamente diversa e com a divulgação da tipografia em Portugal, a atividade livreira sofreu forte incremento desde meados do século XVI surgindo uma nova, se bem que muito condicionada, atividade comercial – a dos editores e impressores.

Foi o Caso de Estevão Lopes, de Lisboa, que por alvará de 1595 teve o privilégio de imprimir por dez anos vários poemas de Luís de Camões e autorização para reimprimir Os Lusíadas. Ou de Jerónimo Lopes, também livreiro lisboeta por alvará de 1610 teve permissão de publicar e vender por dez anos o Vocabulário de Jerónimo Cardoso.

Francisco Lopes, por sua vez, juntou várias facetas dessas atividades, destacando-se como livreiro, escritor e poeta no início do século XVII, com vasta obra publicada.

Ainda em pleno século XVII, Antonio Lopes Cabral (1634-1698), apesar de ter sido capelão-cantor da Capela Real de D. Afonso VI e de D. Pedro II, distinguiu-se, no entanto, como poeta. Foi sócio da Academia dos Singulares (tipo de instituição literária de debate muito em voga na altura, fundada em 1663) e escreveu composições de estilo gongórico (estilo introduzido na literatura espanhola por Luis de Góngora, e depois adoptado por outros escritores peninsulares, em que predominavam os latinismos, os neologismos, os trocadilhos, as metáforas e os pensamentos subtis), sonetos, oitavas e romances.

O jurista, licenciado em Coimbra, Manuel Lopes de Oliveira (1638-1711), natural de Lisboa, fidalgo da Casa Real, foi corregedor do cível da corte, conselheiro da Fazenda, desembargador de agravos, procurador da Coroa e Chanceler-mor do Reino.

Entre militares com atividade colonial, Luis Lopes Sequeira foi capitão-mor em Angola e celebrizou-se nas campanhas de pacificação do território. Obteve sucessórias vitórias militares sobre os indígenas na zona do Congo entre 1666 e 1681, ano em que morreu em combate.

Manuel Lopes, nascido nos começos do século XVIII, foi, por sua vez, médico cirurgião da Casa Real e publicou em 1760 o livro Análise de Álgebra ou Exame dos Ossos do Corpo Humano.

Na transição para a centúria seguinte, José Lopes de Sousa, nascido em 1745, era coronel do Exército e iniciou em 16 de junho de 1808 a revolta do Algarve (onde estava colocado) contra a ocupação francesa. Marchou à frente das unidades da província sobre o Alentejo tendo entrado em Beja.

Foi promovido a marechal de campo em 16 de julho seguinte e nessa qualidade, já sob o comando do conde de Castro Marim, entrou em Lisboa à frente das suas tropas em 17 de setembro.

Em 1809 comandou as forças algarvias destacadas em Espanha e depois em Chaves na segunda invasão francesa. Foi governador de praça de Abrantes em 1809, por nomeação de Beresford, foi alcaide-mor de Grândula em 1813 e foi promovido a tenente-general em 1816.

Na mesma altura, António Máximo Lopes (1755-1814) foi advogado da Casa da Suplicação e famoso em Lisboa em finais de setecentos. Com as invasões francesas foi forçado a refugiar-se na sua propriedade de Alenquer e participou, depois, da defesa das Linhas de Torres.

Foi conselheiro da Regência. Enquanto proprietário agrícola introduziu em Portugal a cultura da batata nas suas propriedades de Alenquer e de Ribeira do Sado. Escreveu Memórias Sobre a Economia Agrícola, obra publicada em 1891.

Também figura conhecida no início de oitocentos, o escritor Joaquim José Pedro Lopes, (1778-1840), amigo de José Agostinho de Macedo, de quem foi discípulo, foi proprietário de uma vasta e importante biblioteca.

Escreveu abundantemente para jornais e almanaques da época. Partidário de D. Miguel, após a vitória liberal foi demitido de redator da Gazeta de Lisboa (antecessor do Diário do Governo) e de funcionário do Ministério dos Estrangeiros, sendo forçado a vender os seus livros para sobreviver.

José Joaquim Lopes

José Joaquim Lopes

José Joaquim Lopes, militar de carreira, combatente das guerras peninsulares notabilizou-se, no entanto, como artista litógrafo, tendo fundado a sua própria oficina na Rua Nova dos Mártires de onde saíram (pela sua pena ou de outros artistas) um vasto e importante conjunto de litografias do período áureo dessa arte de ilustrar e retratar personalidades, situações e acontecimentos em meados de oitocentos, antes da invenção e divulgação da revolucionária fotografia.

Já no Período liberal, António Roberto de Oliveira Lopes Branco (1808-1889), magistrado, juiz da Relação do Porto, foi conselheiro de Estado, governador civil de Coimbra em 1842-1843 e deputado em sete legislaturas entre 1842 e 1869. Foi ministro da Fazenda, num governo do duque de Saldanha, entre 29 de janeiro e 18 de junho de 1849.

Figura também de meados do século XIX, foi Francisco Gonçalves Lopes (1822-1893), editor de Vitor Hugo em Portugal e de O Jornal para Rir (onde colaboraram entre Castilho, Mendes Leal, Latino Coelho, e Júlio César Machado).

Foi um dos fundadores do Asilo dos Inválidos do Trabalho, propagandista do associativismo de dos socorros mútuos. Republicano, fez parte das listas de 1889 para vereação da Câmara de Lisboa.

Henrique Lopes de Mendonça – quem escreveu o Hino Nacional Português

Henrique Lopes de Mendonça - quem escreveu o Hino Nacional Português

Henrique Lopes de Mendonça (1856-1931), entretanto, foi autor, em 1890, da letra de A Portuguesa, transformada, com música de Alfredo Keil, em Hino Nacional com a República.

Oficial da Marinha do professor da Escola Naval e da Escola de Belas Artes de Lisboa, presidente da Academia das Ciências e foi um dos fundadores da Sociedade Portuguesa dos Autores (SPA), em 1925.

Notabilizou-se como dramaturgo historicista, autor de peças dramáticas, de romances e obras historiográficas, como o trabalho Estudos Sobre Navios Portugueses nos Séculos XV e XVI.

David de Melo Lopes, natural de Nesperal, Sertã (1867-1942) foi, por sua vez, um arabista de renome. Fez em Lisboa o curso superior de Letras e entre 1889 e 1892, estudou em Paris na École Nationale des Langues Orientales Vivantes e na École Pratique des Hautes Études.

Especialista em literatura portuguesa e árabe foi também professor de Francês, tanto no Liceu de Lisboa como no curso Superior de Letras, primeiro (a partir de 1902), e, depois sua fundação, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde lecionou até 1937, acumulando, desde 1914 com a cadeira de Língua e Literatura Árabe.

Era sócio efetivo da Academia Portuguesa de História. Deixou inúmeros trabalhos de investigação publicados tanto em filologista como historiador.

Camacho Lopes Cardoso, natural de Fafe, magistrado, juiz conselheiro do Supremo, foi deputado entre 1915 e 1925, eleito por Penafiel e por Bragança.

Foi Ministro da Justiça em várias ocasiões, no governos presididos por Sá Cardoso, António Granjo, Álvaro de Castro, Liberato Pinto, Bernardino Machado e Ginestal Machado, no período compreendido entre junho de 1919 a dezembro de 1923. Enquanto ministro, entre outras medidas, reorganizou os serviços de proteção a menores, publicou a reforma a legislação do registro predial. Como provedor da Misericórdia de Bragança fundou o hospital distrital e o Museu, Arquivo e Bibliotecas Distritais.

O Presidente e o músico

Francisco Higino Craveiro Lopes (1894-1964), político e militar, foi o 13º Presidente da República Portuguesa, entre 1951 e 1958. Originário da Arma de Cavalaria, fez em 1918 o curso de piloto militar, na Escola de Aviação francesa, em Chatres, ingressando, depois como instrutor na Aeronáutica Militar.

Combateu na I Guerra, no norte de Moçambique e foi diretor da Divisão de Instrução da Escola Militar em várias ocasiões. Já na década de 30, sendo o seu pai (general João Craveiro Lopes) Governador-Geral da Índia, foi seu chefe de gabinete, governador interino do distrito de Damão, e, e entre 1936 e 1938, encarregue interinamente do Governo-Geral da Índia. Tenente-Coronel em 1939, comandou a Base Aérea de Tancos.

Em 1941, como comandante Geral da Aeronáutica foi um dos negociadores da utilização pelos EUA da Base dos Açores, unidade que depois comandou enquanto desempenhava funções de deputado na Assembléia Nacional (1945-1949).

Tirou o curso de Altos Comandos e lecionou no Instituto de Altos Estudos Militares e entre 1944 e 1950 foi comandante da Legião Portuguesa. Foi promovido a general em 1949. Homem de confiança do regime, em 1951, por morte de Óscar Carmona, foi escolhido por Salazar para candidato da União Nacional às eleições presidenciais.

No decorrer do seu mandato, no entanto, as relações com o ditador foram degradando, o que levou à sua não recandidatura ao cargo em 1958. Retirado, foi feito marechal e faleceu em 1964.

Lopes Graça

Finalmente e num campo completamente diverso, o compositor e musicólogo Fernando Lopes Graça (1906-1994) estudou no Conservatório Nacional de Lisboa e em Coimbra, onde foi preso por motivos políticos.

Em 1932 começou a ensinar na Academia de Música de Coimbra. Entre 1937 e 1939 estudou Musicologia na Sorbonne, onde compôs várias obras para piano, música para bailado e fez suas primeiras harmonizações para voz e piano de canções tradicionais portuguesas.

De regresso a Lisboa em 1939, retomou a sua atividade como cronista musical, musicólogo e professor. Ensinou piano, harmonia e contraponto na Academia de Amadores de Música e constituiu a sociedade Sonata que visava a promoção da música contemporânea. Ganhou o primeiro prêmio de composição do Círculo de Cultura Musical em 1940, 42, 44 e 52.

Colaborou na Seabra Nova, no O Diabo e na revista Vértice, e, com Bento de Jesus Caraça, organizou a Biblioteca Cosmos. Militante do PCP desde os 40 anos, fez parte do MUD e, em 1954 foi impedido pelo regime de dar aulas. A par da sua atividade de compositor, editou, então, o Dicionário da Música.

Em finais de 50 iniciou a sua colaboração com Michel Giacometti num trabalho de investigação que originou a Cancioneiro Popular Português (1981). Apenas depois de 1974 a sua obra foi editada em disco e foi publicamente reconhecido como um nome grande da música e da cultura portuguesas.

Fonte: Apelidos Portugueses com História (origens e personagens)  –Ed. Prosafeita – Correio da Manhã  e Wikipedia

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